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terça-feira, 19 de novembro de 2024

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terça-feira, 29 de março de 2016

Só lendas neste podcast...


Neste podcast, em tempos de Batman vs Superman, falamos sobre a primeira saga da DC Comics depois da famosa Crise nas Infinitas Terras.
Eu. falando pouco, acompanho meus lendários companheiros  Daniel HDR Ivo KleberLuis GaravelloAndy NakamuraMarcos Dark e Fernando Caruso relembrando essa saga escrita por John Ostrander, Len Wein e ilustrada por John Byrne e Karl Kersel. 
Confiram aí!

terça-feira, 15 de março de 2016

Assunto sério e atual


domingo, 7 de julho de 2013

Falatório e pequenos recessos...

       Notícia velha, mas sempre bom lembrar, não é mesmo?

Bem, meus amigos, queria dizer isso desde semana passada, mas tive problemas de internet e uma semana por demais "estressante".
Deixando minhas lamúrias pessoais de lado, vou dar um respiro para ajeitar as novas tiras e futuros projetos, fanzines (se puder...) e dar atenção a certos blogs que estão as moscas.
Então estamos entrando num recesso parcial durante o mês de julho e o comecinho de agosto, o que significa que teremos tiras, problemas da criação e outros posts com menos frequência do que de costume então que fiquem avisados.
E em tempo, na última semana saiu mais um ArgCast com minha participação sobre um herói que vocês ouvirão falar muito nesta e nas próximas semanas.



Bem pessoal, por enquanto é isso, só posso dizer que aguardem novidades, curtam nossa página no Facebook e adquiram nossos novos gibis Supergang Especial 01 e Debiloid's Altas desventuras.

Boa semana e boas férias.

sábado, 20 de abril de 2013

75 anos do azulão

Artigo públicado no site do Dinamo studio.

Por Rogerio de Souza.

É, galera, o Super tá fazendo 75 anos e ainda é um dos personagens mais famosos do imaginário popular.


O herói veio ao mundo através da mente de dois jovens artistas americanos judeus, Jerry Siegel e Joe Shuster, que expressaram os grandes problemas de sua época, década de 30. Eles criaram um homem oriundo de outro planeta com capacidades acima das de qualquer humano combatente das injustiças sociais: assim surgiu o Superman (ou Super-Homem, para nós brasileiros velhacos).

Sua estreia se deu no dia 18 de abril de 1938 na revista Action Comics #1 (embora na capa estivesse escrito Junho) onde já contava de maneira ligeira a origem do herói: último sobrevivente do planeta Kripton que foi enviado ainda bebê dentro de um foguete criado por seu pai Jor El para a Terra, onde foi criado por um casal de fazendeiros que notaram que o fedelho tinha super poderes e o educaram para usar esses dons para o bem.

O sucesso do personagem foi imediato. Logo ele já aparecia nas tiras de jornais, no rádio (depois TV) e no cinema com 17 desenhos animados de curta metragem para o cinema, feito pelos estúdios Max Fleischer.

O Super foi o primeiro super-herói, pois até então existiam apenas vigilantes mascarados como o Fantasma, e influenciou todo um mercado de quadrinhos. A partir de então, sempre existia alguém de capa e voando, até o Pernalonga entrou na brincadeira.

Passou pela segunda guerra com êxito e sobreviveu (momento este onde os quadrinhos de super-heróis viveram uma crise de vendas, além das perseguições dos moralistas de plantão).

Com o advento da TV, o herói ficou mais famoso ainda, ganhando sua série e sendo interpretado pelo ator George Reeves.

Os quadrinhos, com suas histórias pra lá de surreais, ficaram ainda mais consolidados. Muita gente reclama que o personagem Wolverine, de uns tempos para cá, ficou praticamente imortal, mas o herói kriptoniano que no início nem voava, apenas dava grandes saltos, virou praticamente um Deus entre os mortais. Já tinha poder de tudo quanto era tipo, como o “superventriloquismo”…

Anos se passaram, até que Hollywood fizesse um dos melhores filmes do gênero super-herói por anos: Superman. O longa-metragem foi dirigido por Richard Donner e estrelado pelo ator Christopher Reeve, cuja sua ótima caracterização o fez voltar ao personagem em mais três filmes.

Enquanto nos quadrinhos, o personagem passou por reformulações. Nos anos 80, culminando nas décadas seguintes até os anos 2000, sobreviveu à própria morte além de outras alterações significativas. Tudo para ficar sempre em evidencia, pois naqueles anos de heróis sombrios, precisava sobreviver mais uma vez.

Teve um novo filme, Superman – O Retorno, dirigido por Bryan Singer e interpretado por Brandon Routh que fora praticamente uma homenagem aos filmes com Reeve (já falecido). Mas o filme não teve aquele impacto de outrora.



E o ícone continua vivo até hoje. Continua nos quadrinhos, nas animações, nos seriados de TV… Por fim, não é a toa que este personagem se chame Superman. Hoje amantes dos quadrinhos de super-heróis, comemoramos a criação do personagem que começou essa baixaria toda.

Agora, já com 75 anos, resolveu por a cueca vermelha dentro da calça, graças a última reformulação de sua editora DC Comics.



Por fim, vem um filme novo do azulão por ai dirigido por Zack Snyder e agora interpretado pelo ator Henry Cavill. Ficamos, então, aguardando e controlando a ansiedade. Vai que, bem…

Parabéns homem de aço!



quinta-feira, 23 de junho de 2011

Problemas da Criação #16



AÇÃO EXECUTIVA
Por Rogério DeSouza


Bom, muitos vêem quadrinhos como arte. Um meio de se expressar através da grafia do traço, na narrativa das imagens e sensibilidade nos textos. Afinal de contas estamos falando da nona arte. No entanto o artista necessita se sustentar, se quer viver disso precisa vender sua arte, sempre foi assim e sempre será.

Vejamos dois pontos primeiro:

Mauricio de Sousa e Bill Watterson dois artistas distintos.


Mauricio de Sousa é criador da Turma da Mônica, a mais de quarenta anos e sendo publicados ininterruptamente no Brasil e alguns países. Antes Mauricio começou como repórter policial, depois largou o oficio deprimente e começou a fazer tiras do Bidu, depois vieram o Cebolinha, Cascão e a Mônica (inspirada em uma de suas filhas) a partir daí o sucesso aumentou a tal ponto que contratou colaboradores e resolveu ampliar o universo dos seus personagens. Hoje os vemos animações, camisetas, tênis, brinquedos, etc...

Bill Watterson é um chargista americano, em 1985 começou com as tiras de Calvin e Haroldo (Calvin and Hobbes) alcançando fama em todo o mundo ao contar as histórias do garoto hiperativo Calvin e seu tigre de pelúcia que na imaginação do menino andava e falava com ele. Sua obra influenciou muitos artistas no meio, mas nunca comercializou seu trabalho colocando seus personagens em lancheiras, camisas, brinquedos, etc. Subitamente em 1995 se aposentou e passou a se dedicar a pintura.

Falo desses exemplos, pois além de serem artistas aos quais tenho admiração, ambos tem o controle sobre aquilo que produzem no caso Mauricio de Sousa deixou parcialmente de fazer as suas tiras para se dedicar a administrar a imagem de suas criações, já Bill Watterson largou tudo de vez para se dedicar apenas a arte e não permite que ninguém utilize suas criações.

Agora vamos ao terceiro lado da história, Jerry Siegel e Joe Shuster em 1938 criaram um dos mais conhecidos personagens de todos os tempos: Superman (Super-homem para os conservadores.)


O personagem foi grande sucesso de vendas em sua época, no entanto, seus criadores sequer tinham seus nomes citados nos créditos de criação, por muitos anos. Tardiamente foram lhe dados o devido reconhecimento e até hoje seus herdeiros brigam com a editora pelos lucros envolvidos com a imagem do homem de aço.
Hoje muitos personagens estão nas mãos das grandes editoras e corporações do entretenimento. Ou seja, você acha que Stan Lee tem o controle sobre o que é feito com o Homem Aranha? Engana-se, apesar de seu nome estar lá, Stan Lee já não trabalha mais com suas criações da Marvel, deixando tudo nas mãos dos editores e executivos da empresa e recebendo apenas royalties.
É assim que se resumem as editoras Marvel e DC, são parte de um conglomerado do entretenimento e como tal vive de lucros. Se não vende é cancelado, mesmo tendo qualidade, é simples. Se as vendas estão baixas mudanças tem que acontecer e ai surge alguma grande saga para mudar o status do personagem e assim causar interesse de leitores novos e antigos fiéis que compram qualquer coisa do personagem.
Sim, há boas histórias escritas por bons artistas como Grant Morrison, Alan Moore, Frank Miller, Brian Michael Bendis e outros. Mas são meramente pontuais, trabalhos contratados de pessoas que tentam arrumar a bagunça de outras num ciclo interminável de incoerência. Se você for pontual com o que lê, pode até encontrar boas histórias nas grandes editoras, no Brasil é um pouco difícil, pois estamos presos aos “mixies” onde geralmente apenas uma história da revista é boa.
O grande problema dos quadrinhos do mainstream são seus financiadores, pessoas acostumadas em números e vendas sem nenhum sentimento com quem faz ou lê as histórias tomando decisões muitas vezes inequívocas.
O que esses executivos ou donos de editoras deveriam fazer é pesquisar não o mercado, mas sim o público. Saber o que todos gostamos e o que não gostamos, arriscar com novidades e por ai vai.
E o que o público faz a respeito? Pelo que eu vejo ou continuam acomodamente comprando ou reclamam muito no Twiter, nos fóruns, nos comentários de matérias relacionadas e em seus blogs pessoais (como aparentemente estou fazendo). Sob protesto, muitos deixam de comprar ou baixam scans, na esperança que baixando as vendas vá atingir os executivos, que como disse só vê números e não faz pesquisa de opinião. E o que você acha que eles vão fazer? Matar um grande personagem, fazer uma nova saga ou um reboot mudando tudo novamente, é isso.
Sou um pouco insistente com relação do contato entre o leitor e a editora, pode parecer inviável, mas se formássemos grupos de leitores, fornecermos números, catálogos, interesses a essas editoras, talvez possamos contrabalançar esses problemas. Todos esses personagens saíram do controle de seus criadores há décadas e estão sob o controle de artistas de estilos distintos, de editores submissos com idéias adversas e os executivos que querem lucros em seus investimentos.

Em outro parâmetro, temos o Mangá. Embora tenha certo nível comercial, a grande maioria de seus autores tem controle sobre suas obras e muitas vezes largam a serie para produzir animação dela. Por depender totalmente da eficiência do artista, muitas dessas séries saem com atraso de meses e até anos. Para sanar isso, alguns contratam colaboradores para cenários e coisas mais complexas. De qualquer forma, o mangá é um exemplo a ser seguido em matéria de ter o controle sobre o que fazer com seu trabalho autoral mesmo com o risco da ocidentalização.

Os executivos do lado ocidental muitas vezes não entendem o que faz dessas obras interessantes ao tentarem adequar ao seu mercado e o resultado muitas vezes é vexatório.

Bom, a questão do artista novato é qual o rumo que ele quer tomar, se quer “comercializar” sua obra ou quer apenas fazer "arte". O importante é ter o controle da sua obra tanto no seu lado comercial ou artístico, manter padrões e alterá-los quando for necessário. Seguir tendências não é exatamente um crime se for uma coisa bem feita e coerente ao seu estilo. E se no futuro pensar em só viver de royalties, tenha um pouco de consideração com seus admiradores e garanta que seu legado esteja sendo mostrado de maneira apresentável.
Confesso aqui que viso trabalhar com meus personagens em outras mídias senão quadrinhos, afinal eu adoro animações, cinema e videogame, vê-los nessas mídias poderia ser criativamente desafiador. Também a aqueles que gostam de meus personagens, oferecer coisas como camisas e bonés... Megalomaníaco pode até ser, mas penso no futuro dos meus familiares, na criação de um mercado mais amplo de quadrinhos e demais seguimentos do entretenimento aqui no Brasil.
Claro, tem o outro lado, abriria mão de milhões para não fazer alguma coisa que não tenha absolutamente nada relacionado com o que faço ou tenha nenhuma afinidade com o que gosto.
Acho importante o artista manter as rédeas daquilo que cria, assim como Bill Watterson que não deixa mexerem em seus personagens mesmo tendo deixado de fazer sua produção com apenas uma década e assim como Maurício de Sousa que licencia os seus sob rígidas condições de traço e abordagem das histórias. Se deixarmos tudo para os outros corremos o risco de desiludir pessoas que admiravam essas criações e no fim começam a discutir infinitamente em seus twitters, fóruns e blogs abalando o interesse sobre a nona arte.
Quanto aos leitores, reitero que não se pode esperar muito de personagens licenciados por grandes editoras a não ser conseguir o contato direto seja qual for o jeito, pois são grandes elefantes que não enxergam nada além de sua necessidade e sobrevivência, temos que apenas chamar sua atenção sobre nossas necessidades. Quem sabe possamos parar as sagas manjadas, mortes/ressurreições e reboots sem sentido e apenas ler boas histórias.

Com a palavra:

Bill Waltterson

Entrevista com Mauricio de Sousa, feita ha algum tempo sobre seu trabalho. (Universo HQ) PARTE1 e PARTE2

Mark Millar (Superman: Foice e Martelo, Supremos) sobre o "reboot" da DC comics e grandes editoras.