Artigo públicado no site do Dinamo studio.
Por Rogerio de Souza.
É, galera, o Super tá fazendo 75 anos e ainda é um dos personagens mais famosos do imaginário popular.
O herói veio ao mundo através da mente de dois jovens artistas americanos judeus,
Jerry Siegel e Joe Shuster, que expressaram os grandes problemas de sua época, década de 30. Eles criaram um homem oriundo de outro planeta com capacidades acima das de qualquer humano combatente das injustiças sociais: assim surgiu o Superman (ou
Super-Homem, para nós brasileiros velhacos).
Sua estreia se deu no dia
18 de abril de 1938 na revista Action Comics #1 (embora na capa estivesse escrito Junho) onde já contava de maneira ligeira a origem do herói: último sobrevivente do planeta Kripton que foi enviado ainda bebê dentro de um foguete criado por seu pai Jor El para a Terra, onde foi criado por um casal de fazendeiros que notaram que o fedelho tinha super poderes e o educaram para usar esses dons para o bem.
O sucesso do personagem foi imediato. Logo ele já aparecia nas tiras de jornais, no rádio (depois TV) e no cinema com 17 desenhos animados de curta metragem para o cinema, feito pelos estúdios
Max Fleischer.
O Super foi o primeiro super-herói, pois até então existiam apenas vigilantes mascarados como o Fantasma, e influenciou todo um mercado de quadrinhos. A partir de então, sempre existia alguém de capa e voando, até o Pernalonga entrou na brincadeira.
Passou pela segunda guerra com êxito e sobreviveu (momento este onde os quadrinhos de super-heróis viveram uma crise de vendas, além das perseguições dos moralistas de plantão).
Com o advento da TV, o herói ficou mais famoso ainda, ganhando sua série e sendo interpretado pelo ator George Reeves.
Os quadrinhos, com suas histórias pra lá de surreais, ficaram ainda mais consolidados. Muita gente reclama que o personagem Wolverine, de uns tempos para cá, ficou praticamente imortal, mas o herói kriptoniano que no início nem voava, apenas dava grandes saltos, virou praticamente um Deus entre os mortais. Já tinha poder de tudo quanto era tipo, como o “superventriloquismo”…
Anos se passaram, até que Hollywood fizesse um dos melhores filmes do gênero super-herói por anos: Superman. O longa-metragem foi dirigido por Richard Donner e estrelado pelo ator Christopher Reeve, cuja sua ótima caracterização o fez voltar ao personagem em mais três filmes.
Enquanto nos quadrinhos, o personagem passou por reformulações. Nos anos 80, culminando nas décadas seguintes até os anos 2000, sobreviveu à própria morte além de outras alterações significativas. Tudo para ficar sempre em evidencia, pois naqueles anos de heróis sombrios, precisava sobreviver mais uma vez.
Teve um novo filme, Superman – O Retorno, dirigido por Bryan Singer e interpretado por Brandon Routh que fora praticamente uma homenagem aos filmes com Reeve (já falecido). Mas o filme não teve aquele impacto de outrora.
E o ícone continua vivo até hoje. Continua nos quadrinhos, nas animações, nos seriados de TV… Por fim, não é a toa que este personagem se chame Superman. Hoje amantes dos quadrinhos de super-heróis, comemoramos a criação do personagem que começou essa baixaria toda.
Agora, já com 75 anos, resolveu por a cueca vermelha dentro da calça, graças a última reformulação de sua editora DC Comics.
Por fim, vem um filme novo do azulão por ai dirigido por Zack Snyder e agora interpretado pelo ator Henry Cavill. Ficamos, então, aguardando e controlando a ansiedade. Vai que, bem…
Parabéns homem de aço!