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quinta-feira, 1 de junho de 2017

Heroínazinha do laço


domingo, 7 de agosto de 2011

Problemas da Criação #17-B





Menina não entra - parte2
Por Rogério DeSouza








Um parágrafo "rápido" sobre animações e video games.
Nas animações americanas era raro ver heroinas em destaque nas histórias de ação, seguindo minha lembrança, havia uma série animada da "Mulher Aranha" mas não aquela personagem da Marvel (que também teria uma animação) seu nome real era "Web Woman"produzida pela Filmation , concorrente do estúdio Hanna-Barbera (Zé Colméia, Scooby-Doo...) nos anos 60, 70 e 80, mais tarde este estúdio faria a série da She-ra, uma série derivada de He-man e os Mestres do universo, ela era uma irmã perdida do heroi de Eternia. Geralmente grupos de herois tinham apenas uma ou duas mulheres na equipe como os Thundercats, G.I. Joe, Superamigos, X-men, Caverna do Dragão e outros... Um título em destaque nos anos noventa eram As Meninas Super poderosas (The Powerpuff Girls) criada por Craig McCracken passava no Cartoon Network sobre três menininhas com super poderes que combatem o crime com muita pancadaria.

Nas animações japonesas vale destacar Sailor Moon, As Guerreiras Magicas de Rayearth, Saber Marionette J, A princesa e o cavalheiro (de Osamu Tezuka),Cutey Honey e outros. Também vale lembrar que grande parte dessas personagens se originaram dos quadrinhos japoneses (mangá).


Nos games de ação nas últimas décadas vemos muitas protagonistas femininas, mesmo com certo apelo sexista como, Tomb Rider ou Bayonetta. Também vemos mulheres em destaque em jogos de Luta como Chun-li em Street Fighter, Sonya Blade em Mortal Kombat, Mai do Fatal Fury e King of Fighters. As mulhres também ganham destaque em jogos como Super Metroid, Resident Evil, Parasite Eve, etc...


Já na nona arte a coisa é um pouco diferente, as mulheres sempre tiveram seu espaço desde as histórias da Luluzinha até J.Kendall, As Aventuras de uma Criminóloga... No que se refere ao gênero ação, temos a Mulher Maravilha como uma das mais antigas que eu tenha conhecimento.

Na chamada “era de prata” dos herois éramos brindados pela versão feminina do homem de aço: Supergirl e também do Batman: Batwoman e Batgirl .
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Mesmo assim, as mulheres eram estereotipadas ficando ao cargo de afazeres domésticos, sendo reféns de vilões, etc.
Raramente víamos uma metendo a mão na cara de algum facínora, mas algumas eram mais criativas como Barbarella que seduzia seus oponentes.

Pulando para os anos 70 e 80 o feminismo tava em alta e as heroínas de parceiras passaram a ganhar algum destaque. A Marvel que tinha poucas heroínas em evidência criou versões femininas para heróis consagrados como Miss Marvel (do Capitão Marvel da Marvel, não o Shazam, entenderam?), Mulher Aranha e Mulher Hulk.


Também nessa época Jean Grey dos X-men deixou de ser a “Garota” Marvel para se tornar a poderosa Fênix que de tão poderosa pirou e morreu, mas a saudade foi tanta que a personagem voltou em duas versões: a filha do futuro alternativo e a própria Jean Grey que nunca foi Fênix e depois voltou a ser!

Outra que ganhou destaque foi a ninja assassina Elektra, criada por Frank Miller para as histórias do Demolidor.

Enquanto isso na Distinta Concorrência, os Novos Titãs traziam heroínas de grande relevância como Moça Maravilha, Estelar e Ravena.

Fora demais HQs undergrounds que apresentavam guerreiras sensuais (ou nem tanto) em mundos selvagens e pós-apocalípticos.

Nos anos noventa a coisa estourou, as heroínas ganharam importância, no entanto, havia um atrativo a mais: sensualidade. Em outras palavras, apesar dessas personagens espancarem centenas de caras ao mesmo tempo e capazes de partirem duas listas telefônicas com os dedos eram mulheres curvilíneas e geralmente usavam roupas decotadas, coladas e quase inexistentes. Quem na época não caia de amores pela Elektra, Vampira dos X-men, Sara Pessini a Witchblade ou a Caitlin Fairchild do Gen13?


Com o tempo a fórmula se desgastou e hoje as mulheres se destacam mais pela sua personalidade do que por seus dotes físicos, embora algumas ainda mantenham isso como a Poderosa.
Quando retratarmos mulheres em ação (Sim! Tiro, briga, destruição, essas coisas...) nós temos que ater a dois focos: Físico e mental. O físico estaria relacionado ao biótipo maneira como se apresenta indica a que público a personagem pretende atingir.
Já o mental é ligado com a personalidade da personagem suas motivações e desafios. Ambas as condições tem que estar em constante equilíbrio. Você tem que atrair ao mesmo tempo tanto o público feminino quanto o masculino embora o gênero ação pende ao masculino.
Se você, homem, pretende fazer uma personagem de ação atenha-se que esta lidando com o sexo oposto, leia a respeito disso ou converse com suas amigas, irmãs ou mãe. Faça algo com sua personagem que faça se identificar com a mulher comum como depilar as pernas, menstruação, gravidez, etc.
Dependendo do contexto, a heroína pode ser uma mulher seminua que sai quebrando pescoço de dinossauros ou até uma velha que soca seres bestiais. Não tem importância desde que como tudo numa história deste estilo tem que ter o dinamismo necessário e o carisma da protagonista.
Boas histórias independem de etnia, estilo ou sexo do protagonista.
Sou defensor da equivalência neste contexto, se existe um “Super – Homem” tem que existir uma “Super-Mulher” de mesmo nível.
Recentemente houve uma nova tentativa de fazer um seriado da Mulher Maravilha e pelas imagens mostradas causaram alvoroço e dividiram opiniões, desde o uniforme até a atriz principal. Foi feito um piloto que não foi aprovado pelos executivos de TV, tornando o projeto “natimorto”.

Será que é por falta de competência dos realizadores ou uma confirmação de que o gênero ação e aventura não passa de um incômodo clube do Bolinha onde menina não entra?

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Problemas da Criação #17-A


Menina não entra - Parte1



Por Rogério DeSouza





Certa vez, eu vi um filme chamado Ultravioleta cuja protagonista é uma mulher meio vampira com habilidades sobre-humanas. O filme não era dos bons, pois pecava por valorizar mais o visual do que a história propriamente dita. Nesta mesma época, eu resolvi fazer uma história, não vem ao caso contá-la aqui, mas o que posso adiantar é que isto foi motivado pelo fracasso não só dessa, mas de outras películas de ação protagonizada por mulheres.
Mulher e ação não combinam é o que diz o público em geral, ou não?


Vejamos assim:
Anos 70, discoteca, pós-hippie, punk e o feminismo entrando forte no cotidiano refletindo nas séries de TV americanas: Police Woman, As Panteras, Mulher Biônica e Mulher Maravilha... De repente, acabou.

Depois, nos anos oitenta tivemos um “bum” dos filmes de ação protagonizado por homens chamados “brucutus” como Stallone, Arnold Schwarzenegger, Chuck Norris e outros. Era uma época muito divertida onde existia o exército de um homem só, passando por cima de todos os inimigos como se passeasse pelo jardim.
No meio daqueles caras musculosos sem camisa, não havia espaço para “elas” que se contentavam a serem salvas do perigo. Tinha um seriado de TV nesta época chamado Dama de Ouro (Lady Blue, no original) cuja protagonista era uma policial chamada Katy Mahoney que metia bala nos bandidos sem piedade. A série teve apenas 13 episódios infelizmente.

Também teve o filme Guerreiros de Fogo, protagonizada pela atriz Brigitte Nielsen que faz o papel da guerreira Red Sonja, personagem literária e dos quadrinhos, também aparece neste filme Schwarzenegger como parceiro da heroína e bem destacado nos cartazes do filme que não foi bem para variar.

A única representante bem sucedida nesta época é Hellen Ripley no segundo filme da franquia Alien, dirigido por James Cameron (Que anos mais tarde transformaria a acuada Sara Connor numa corajosa combatente em Exterminador 2) .

Qual o problema de mulheres não emplacarem em filmes de ação?
Bom, segundo estudiosos as mulheres fisicamente são diferente dos homens, tendo inúmeras limitações em decorrência de sua fisiologia característica com distúrbios de temperamento e hormonais...
Sinceramente, acho isso uma desculpa. É machismo puro e simples. Nossa visão da mulher é daquela linda princesa de pele delicada e aparência majestosa (Pra não dizer sensual ou gostosa, ok?) e pura que inspira poetas e causa paixões. Ninguém associa isso a alguém capaz de encher um homem de pancada e em pleno inicio do século XXI estamos engatinhando para mudar isso.
Um sinal de mudança surgiu nos anos noventa com a volta das séries de TV: Buff, a caça vampiros , Joss Whedon nos ensina que as mulheres podem dar uns tabefes nos mal feitores de vez em quando. Mas o maior símbolo desse gênero é Xena, a princesa guerreira, estrelada por Lucy Lawless que fez grande sucesso na mídia nos anos noventa, finalmente uma protagonista feminina munida de espada lutava a altura dos brucutus de épocas passadas que estava em franca decadência. Nem mesmo a referencia ao lesbianismo diminuiu o sucesso da série.

Enquanto isso no cinema, lar dos filmes de ação havia lampejos de que nem sempre os homens partiam pra cima dos mal feitores. A exemplos de Maquina Mortífera 3, Nikita, filmes chineses, etc... Houve alguns filmes de 007 em que o espião britânico teve parceiras que estavam em sincronia com ele quando for para atirar e derrubar inimigos.
Já nos anos 2000 a coisa estourou de vez com o filme que adapta o seriado das Panteras (Charlie’s Angels), antes disso víamos Carrie-Anne Moss dando aquele chute da garça em 360° na cara de um guarda no memorável filme The Matrix.
Na tangente, temos Tomb Rider, Anjos da Noite, Aeon Flux, Resident Evil e participações explosivas em filmes como Demolidor (Elektra que teria um filme solo depois), Tigre e o Dragão, X-men 1 e 2 (Mística e Lady Letal), Exterminador do futuro 3 (a Terminatrix)... Sem falar um caso à parte chamado de Kill Bill, filme de Quentin Tarantino estrelado por Uma Thurman que faz um papel de uma noiva ex-assassina que passa se vingar de seu antigo chefe Bill (David Carradine) após ele ter orquestrado uma chacina no ensaio de seu casamento.
Embora Kill Bill tenha tido um sucesso relativo, a maioria dos filmes de ação com mulheres emplacaram muito pouco, embora tivessem suas relativas continuações ainda são colocadas numa categoria abaixo.
Sucker Punch, último filme dirigido por Zack Snyder, sobre uma jovem num manicômio vivendo num mundo surreal e cheio de ação em sua mente para escapar do lugar junto com demais detentas. O filme, segundo dizem tem um visual lindo com bastantes cenas dinâmicas, tiros, lutas... Mesmo assim não empolgou o público, nas bilheterias.

Seria culpa das meninas guerreiras? Creio que não totalmente... Muitos desses filmes pecam nos roteiros e exageros estéticos (até aceitáveis se fossem no contexto) e por isso contribuem para que as garotas não engrenem como heroínas de filmes de ação.
Nossas garotas precisam de uma seqüência de filmes com bons roteiros, talvez ajude a minar nosso preconceito diante do “sexo frágil”...

VEJA A PARTE 2 Onde falarei das heroínas nos quadrinhos, animações e mais detalhes sobre este assunto tão abrangente.



segunda-feira, 16 de maio de 2011

Problemas da criação #15


A era da mudança
Por Rogério DeSouza

Os quadrinhos, segundo estudiosos no assunto, existem há mais de cem anos.
Mas vamos nos ater aos tempos contemporâneos, onde temos uma indústria existente desde o inicio do século vinte e ainda encontramos inúmeras histórias e personagens de vários tipos.
Alguns desses personagens estão ai até hoje mesclados ao nosso dia a dia, como se sempre estivessem existido.
Mas, o tempo é implacável, se vocês vissem o Erasmo Carlos hoje sabem o que eu quero dizer.
É! As pessoas mudam, no entanto os personagens dos quadrinhos continuam imutáveis para sempre... Bem, agora nem tanto.
Como bem sabemos tudo muda com o tempo desde nossa forma de pensar como nossa forma de vestir. Isso faz parte da evolução, seja para o bem ou para o mal.
Nos quadrinhos, existem personagens que pouco mudaram com o passar dos anos, pois sua fama é tamanha que transcende gerações, ignorando modismos e outras tentações capitalistas. Mesmo assim, eles se sustentam por base dos seus antigos leitores ou se ambientam em épocas específicas, como no velho oeste. As únicas mudanças que tais personagens poderiam sofrer apenas na estrutura de história e estética ou traço.
Mas sempre há o problema dessas criações se tornarem datados.
Para contornar esse problema, vários autores e editoras recorrem para “universos alternativos” um exemplo é a Turma da Mônica Jovem, uma linha alternativa dos personagens de Mauricio de Sousa para uma nova geração com um traço inspirado no mangá.



Outro fator referente a esses títulos alternativos (com o qual farei outro PDC sobre isso) é como as pessoas os encaram. Um exemplo óbvio é as séries animadas do Batman, nos anos noventa. Bruce Timm e Paul Dini criaram uma das melhores animações com o homem morcego de todos os tempos abrindo leque para animações do Superman e posteriormente para Liga da Justiça.






Com o tempo novas séries do Batman foram criadas como The Batman e Batman: the brave and the bold, tirando Batman Beyond que fora igualmente elogiada essas duas séries dividiram opiniões, pois as temáticas são diferentes. Uma frisa a nova geração e a outra a antiga geração pré- Neal Adams/Frank Miller (Era de prata) para atrair outra geração de fãs. O apego a uma vertente impede a apreciação da obra, independente de sua qualidade.
É o apego a cronologia, coisa que muitos leitores de quadrinhos são “vitima”. Qualquer coisa fora dela é vista como um insulto ao histórico do personagem.

No universo do cartoon, o que muda geralmente é o traço, ou seja, por evolução do próprio artista como o caso da própria turma da Mônica, Charlie Brown, Calvin e Haroldo (mudanças sutis, diga-se de passagem). Ou por trabalhar com artistas de estilos diferentes do original.
Em outros casos, no comics geralmente, os personagens vivem uma constante de mudanças irrefreável. Hora para atender aos tempos modernos e hora para atender os fãs mais conservadores. Os personagens mudam tanto física quanto mentalmente, muitas vezes seguindo uma tendência ou a visão de um artista conceituado.
Um problema neste caso se refere à inconstância na retratação do personagem diante de determinado público, gerando um conflito de gerações.
Mexer nestes ícones é tão polemico quanto ilustrar uma figura de Maomé, não importa o quão criativo possa apresentar a proposta sobre ele. Se ela for bem aceita durará o tempo que for, mas cedo ou tarde voltará ao seu antigo status. Se não for muito bem aceita rapidamente será desconsiderada.
Existem alguns exemplos de mudanças, como o casamento do Homem Aranha, a substituição do Capitão America e Batman por seus pupilos agora adultos, O Superman de Energia, Justiceiro anjo ou “frankeisntein”, Demolidor líder de um clã de ninjas, Batman/Bruce Wayne financiando outros vigilantes publicamente, O Quarteto fantástico mudando de uniformes e nome da equipe, etc...







Algumas destas idéias claramente são exageros, típicos para alavancar vendas ou simplesmente um equivoco criativo numa tentativa de tentar se reinventar diante de um público cada vez mais exigente e inconstante.
Quanto a esse assunto sou um pouco “chapa branca”, está certo que transformar um anti-herói urbano como o Justiceiro em anjo ou um sabe lá o que, é uma bobagem sem tamanho, pois é um personagem restrito ao seu ambiente, mais verossímil. No entanto coisas como fazê-lo caçar super-vilões usando armas incomuns esta dentro de sua índole em um universo de deuses e monstros é no mínimo aceitável.
O problema se reside a restrição do ícone, ou seja, o personagem mesmo tendo um histórico de mais de setenta anos, não tenha mudanças abrasivas em suas condições físicas, sociais e mentais. Muitos autores se afastam desse tipo de personagem simplesmente por não poder trazer nada de novo a ele. O complicado é que esse padrão tanto afasta quando fixa o fã. Para ser sincero isto me deixa confuso.
O mangá em sua grande maioria das obras, não sofre destes problemas, já que se trata de obras de um único autor e também possuir o básico: começo, meio e fim. Com isto os personagens podem mudar e evoluir com o passar da história até seu derradeiro final.
Um exemplo mais popular é Dragon Ball e suas fases, com personagens mudando tanto fisicamente, quanto mentalmente. Acredito que isto deveria acontecer nos comics também.
Olha, apesar de ser condescendente a isso, não quer dizer que eu vá transformar meus personagens infantis em adultos da noite pro dia, a coisa tem que ser espontânea além de rendimentos e audiência. O fato de não fazer isto agora é simples: É MUITO CEDO. Minhas criações não têm tantos anos de estrada para terem certo tipo de evolução, talvez nem queira que isto aconteça tão cedo, mas irá acontecer de alguma maneira.
Na minha concepção, quando trabalhamos com personagens e lhe damos uma linha temporal linear, tudo nela é passível de mudança, às vezes sutis e outras chamativas. Você pode deixar o personagem imutável incólume, mas tenha cuidado para não torná-lo cansativo, faço-o atingir algum objetivo para depois criar outro.
Não é crime mudar a aparência ou vestimenta de sua criação desde que tenha em mente que deva haver padrões com o qual o leitor se familiarize e que se adapte aos novos tempos.
Como leitores e autores nós temos que saber discernir as coisas e estarmos preparados para as mudanças, para o bem ou para o mal.

Cliquem aqui e reflitam...


Ah! Esse é o Dédis antigo (1984), gostaram?

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Wonder Woman Day IV


Bem, eis que nos últimos anos tenho participado com demais amigos do Dinamo Studio no evento beneficiente Wonder Woman Day e este ano não foi diferente.



Foi feito um cartaz na última semana com os nomes dos participantes.






Parabéns a todos!